Pinheiro de casca branca (Pinus albicaulis) explicado por Theodore Hoss




Pinheiro de casca branca (Pinus albicaulis) explicado por  Theodore Hoss              

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Estou aqui hoje no topo das Montanhas North Cascade, no estado de Washington, observando essa paisagem. Segui algumas trilhas deixadas por animais como marmotas e pikas, que vivem aqui o ano todo. Também observei os pássaros e me perguntei sobre o que esses animais comem aqui nas North Cascades. A paisagem é bem árida nesta área de linha de árvores, onde as árvores começam a rarear, e há muitos pequenos mirtilos e urzes, muitas plantas pequenas. Mas há uma árvore que devemos discutir, que tem sido uma das principais fontes de alimento nessas altas altitudes por milhares, até milhões de anos. E também devemos falar sobre como essa árvore tem sido ameaçada nos tempos recentes e a esperança para o futuro dessa árvore alpina muito importante. Hoje vamos falar sobre o pinheiro de casca branca e, antes de ver como essa árvore se encaixa no ambiente, vamos aprender a identificá-la na natureza.


Os primeiros pontos sobre o pinheiro de casca branca são que essas árvores são perenes, ou seja, mantêm suas folhas o ano todo, e também são coníferas, significando que têm sementes dentro de cones. Para identificar um pinheiro e não outro tipo de conífera perene, as agulhas do pinheiro estão agrupadas em fascículos, e esses fascículos têm diferentes números de agulhas. No caso do pinheiro de casca branca, há cerca de cinco agulhas por fascículo, o que é uma característica de todos os pinheiros brancos, que têm cinco agulhas em um feixe. Este será fácil de identificar porque é a única árvore de cinco agulhas que cresce em seu habitat particular, que é em alta altitude, longe de qualquer outra coisa. Para outras dicas de identificação, a casca dessas árvores é lisa e muito branca quando jovem, tornando-se mais escamosa e cinza, até laranja, à medida que envelhece, parecendo flocos de milho saindo da árvore. Os cones da árvore são um pouco maiores que uma bola de golfe, de cor roxa, e geralmente estão no topo da árvore, o que dificulta observá-los de perto, a menos que a árvore seja pequena. Vamos sair para a natureza e ver essa árvore crescendo em seu ambiente natural.


Estou aqui com meu amigo, o pinheiro de casca branca, e hoje vamos contar uma história. Será uma história de amor, perda e esperança para o futuro.


**Prólogo:** Um pouco sobre essa árvore antes de começarmos nossa história. Os pinheiros de casca branca gostam de crescer em altas altitudes, juntamente com outras árvores de alta altitude aqui no estado de Washington, como o abeto subalpino e o larício alpino. Não há muitos tipos de árvores que crescem tão alto nas montanhas. Estou acima de 5000 pés hoje, e esta árvore aqui está muito forte. Os pinheiros de casca branca têm muitas adaptações para sobreviver nesse ambiente severo. Primeiro, gostam de sol aberto e não conseguem viver em áreas sombreadas, dependendo de um pouco de perturbação para crescer. Em altas altitudes, pode ser a neve impedindo os competidores de crescerem o suficiente para sombreamos. Em altitudes mais baixas ou onde há concorrentes, pode ser o fogo ocasional, permitindo que se reestabeleçam rapidamente após o incêndio. Em lugares onde a floresta se acumula, os pinheiros de casca branca não se dão muito bem.


**Capítulo 1 - Amor:** Animais nesses ecossistemas de alta altitude adoram o pinheiro de casca branca. Os cones são cheios de nozes, que são comestíveis para humanos e muitos outros animais. Essas nozes são densamente nutritivas, como manteiga de amendoim do mundo alpino, atraindo muitos animais como ursos, esquilos e esquilos listrados. Estudos mostram que em anos de má colheita de pinheiro de casca branca, os ursos têm mais encontros perigosos com humanos, pois buscam comida nas montanhas. Humanos também têm comido essas sementes por milhares de anos, com povos indígenas coletando-as como parte de sua herança cultural. Mas o animal que mais ama o pinheiro de casca branca é o quebra-nozes de Clark, um pássaro que ajuda na dispersão das sementes ao abri-las e armazená-las, esquecendo-se de algumas, permitindo que cresçam novas árvores.


**Capítulo 2 - Perda:** Nos North Cascades, a cerca de 5000 pés, vejo dezenas de troncos mortos de pinheiros de casca branca. Há algumas razões para isso. Primeiro, a doença importada conhecida como ferrugem do pinheiro branco, trazida para a América do Norte nos anos 1900 por empresas madeireiras usando mudas propagadas na França, se espalhou e afeta as populações de pinheiros brancos, matando-os de cima para baixo e impedindo sua reprodução. Segundo, o besouro do pinheiro da montanha, nativo dessas áreas, historicamente matava árvores mais velhas, mas agora, com o aquecimento das temperaturas devido às mudanças climáticas, eles conseguem ter múltiplas gerações em um único verão, matando as árvores de forma mais agressiva. E, por último, os pinheiros de casca branca são intolerantes à sombra e precisam de luz solar, mas outras árvores crescendo ao redor, como o abeto subalpino, os sufocam. A supressão de incêndios naturais nas últimas décadas também afetou negativamente a dinâmica florestal, já que os pinheiros de casca branca dependem de pequenos incêndios para limpar a competição.


**Esperança:** Embora apenas cerca de cinco por cento dos pinheiros de casca branca tenham imunidade natural à ferrugem, esses cinco por cento estão começando a se espalhar novamente. Esforços humanos também estão ajudando na restauração, embora o pinheiro de casca branca não tenha muito valor comercial, dificultando investimentos. Grupos como a Whitebark Pine Ecosystem Foundation estão trabalhando arduamente para restaurar essa espécie crucial ao seu habitat natural, apoiando todo o ecossistema de linha de árvores.


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Tradução para o português feita por Italo Alves #italoabs

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