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Por mais que você se esforce, jamais conseguirá captar o quão minúsculo, quão espacialmente modesto é um próton.
Um próton é uma parte infinitesimal de um átomo, que, por sua vez, é algo insubstancial. Os prótons são tão pequenos que um tiquinho de tinta, como o pingo neste "i", pode conter algo em torno de 500 bilhões deles, mais do que o número de segundos contidos em meio bilhão de anos. Portanto, os prótons são exageradamente microscópicos, para dizer o mínimo.
Agora, imagine que você possa (claro que isso é pura imaginação) encolher um desses prótons até um bilionésimo de seu tamanho normal, num espaço tão pequeno que, em comparação, um próton pareceria enorme. Agora, compacte nesse espaço minúsculo cerca de trinta gramas de matéria. Ótimo. Você está pronto para iniciar um universo.
Estou pressupondo que você deseja um universo inflacionário. Se você prefere construir um universo mais convencional, do tipo Big Bang comum, precisará de materiais adicionais. Na verdade, terá que reunir tudo que existe – cada partícula de matéria, daqui até o limite do universo – e comprimir em um ponto tão infinitesimalmente compacto que não terá nenhuma dimensão. Trata-se de uma singularidade.
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