Você já se perguntou como os biólogos traçam a árvore da vida evolutiva? Como eles sabem quais espécies são mais próximas ou mais distantes umas das outras? Como eles descobrem quando e onde surgiram os diferentes grupos de seres vivos? Neste post, vamos explorar algumas das ferramentas e métodos que os biólogos usam para reconstruir a história da vida na Terra.
A árvore da vida evolutiva é uma representação gráfica das relações de parentesco entre as espécies. Cada ramo da árvore representa uma linhagem de organismos que compartilham um ancestral comum. Cada nó ou bifurcação da árvore representa um evento de especiação, ou seja, o surgimento de duas ou mais espécies a partir de uma ancestral. A raiz da árvore representa o ancestral comum de todos os seres vivos.
Mas como os biólogos sabem quais espécies são parentes e quais não são?
Uma das formas é comparar as características morfológicas, anatômicas, fisiológicas e comportamentais dos organismos. Quanto mais características em comum duas espécies têm, mais provável é que elas sejam parentes próximos. Por exemplo, sabemos que os humanos são mais próximos dos chimpanzés do que dos crocodilos, porque temos mais semelhanças com os primeiros do que com os últimos.
No entanto, nem sempre as características externas são suficientes para determinar as relações de parentesco. Às vezes, espécies diferentes podem ter características semelhantes por causa da adaptação a ambientes ou modos de vida parecidos, mas não por causa da herança de um ancestral comum. Esse fenômeno é chamado de convergência evolutiva. Por exemplo, os golfinhos e os tubarões têm formas corporais parecidas, mas não são parentes próximos. Os golfinhos são mamíferos e os tubarões são peixes cartilaginosos.
Para resolver esses casos, os biólogos recorrem a outra fonte de informação: o DNA. O DNA é a molécula que contém o código genético de todos os seres vivos. Comparando o DNA de diferentes espécies, é possível estimar o grau de semelhança ou diferença entre elas. Quanto mais parecido o DNA de duas espécies, mais recente é o seu ancestral comum. Por exemplo, sabemos que os humanos e os chimpanzés compartilham cerca de 98% do seu DNA, enquanto os humanos e os crocodilos compartilham cerca de 18%.
Além de revelar as relações de parentesco, o DNA também pode ajudar a datar os eventos de especiação. Isso é possível porque o DNA sofre mutações ao longo do tempo, ou seja, alterações na sequência das bases nitrogenadas que compõem a molécula. Essas mutações ocorrem ao acaso e em uma taxa aproximadamente constante para cada espécie. Assim, é possível calcular quantas mutações se acumularam desde que duas espécies se separaram de um ancestral comum e estimar quando isso aconteceu.
Combinando as informações morfológicas e moleculares, os biólogos podem construir árvores da vida cada vez mais precisas e completas. Essas árvores nos permitem entender melhor como a vida na Terra se originou, se diversificou e se adaptou ao longo de bilhões de anos.
Elas também nos mostram como estamos conectados com todos os outros seres vivos e como somos responsáveis por preservar essa diversidade.Espero que vocês tenham gostado um abraço do prof. Duvidas, criticas ou elogios comentem em baixo
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