DNA Neandertal Pode Revelar Novos Antibióticos
A experiência de ressuscitar moléculas neandertais envolveu o uso de inteligência artificial para analisar o DNA dos neandertais em busca de segmentos que continham instruções para criar "peptídeos antimicrobianos". Esses peptídeos funcionam como antibióticos naturais, combatendo infecções no organismo. O software identificou mais de 100 desses peptídeos, que foram posteriormente sintetizados quimicamente e injetados em ratos de laboratório previamente infectados com diversos tipos de bactérias. Surpreendentemente, 14 dessas moléculas demonstraram algum grau de atividade antimicrobiana.
Essa técnica tem o potencial de revelar novos antibióticos para uso humano, e ela faz parte do campo da "de-extinção molecular", que busca reintroduzir moléculas bioativas que não são mais codificadas por organismos existentes. Neste caso, a pesquisa se concentra na busca por peptídeos antimicrobianos escondidos dentro de proteínas humanas extintas e atuais, utilizando um modelo chamado panCleave para prever locais de clivagem em todo o proteoma. Esse modelo superou outros métodos em prever locais de clivagem para três caspases humanas modernas, apesar de ter sido projetado para ser geral.
Além disso, os resultados da pesquisa sugerem que a prospecção de peptídeos criptografados com base em aprendizado de máquina pode identificar peptídeos antibióticos estáveis e não tóxicos. Em última análise, essa abordagem combina a ressurreição de moléculas antigas com a busca por novas soluções no campo da descoberta de medicamentos, especialmente no combate a infecções.
fonte: Molecular de-extinction of ancient antimicrobial peptides enabled by machine learning
Comentários
Postar um comentário