Olá, pessoal! Hoje eu quero falar como a ciência se constrói e se transforma ao longo do tempo.
Vocês já ouviram falar de paradigmas e anomalias? E de
revoluções científicas? Pois é, esses são conceitos que foram propostos por um
cara chamado Thomas Kuhn, que era físico e historiador da ciência. Ele escreveu
um livro muito famoso em 1962, chamado A estrutura das revoluções científicas,
onde ele explica como a ciência funciona.
Isso pq antes muitos estudiosos
defendiam que a Ciência evoluia de forma cumulativa e linear, sendo o
conhecimento atual resultado do acúmulo linear de estudos anteriores.
Mas Segundo Kuhn, a ciência normal é aquela que segue um
paradigma, que é um modelo ou uma teoria que orienta as pesquisas e as
explicações dos fenômenos. Por exemplo, durante muito tempo, as pessoas
acreditavam que a Terra era o centro do universo, e que o sol e os outros
planetas giravam em torno dela. Esse era o paradigma geocêntrico, que foi
defendido por vários astrônomos e filósofos da antiguidade até a Idade Média.
Mas o que acontece quando alguém descobre algo que não se
encaixa no paradigma vigente? Por exemplo, quando Galileu observou com seu
telescópio que os planetas tinham fases, como a lua, e que alguns deles tinham
satélites próprios. Essas observações eram incompatíveis com o geocentrismo, e
por isso eram consideradas anomalias. Uma anomalia é algo que desafia ou
contradiz o paradigma, e que não pode ser explicado por ele.
Quando as anomalias vão se acumulando e se tornam
insustentáveis, o paradigma entra em crise, em uma espécie de colapso. E É
nesse momento que surge a possibilidade de uma mudança radical na ciência, que
Kuhn chamou de revolução científica. Uma revolução científica é quando
um novo paradigma substitui o antigo, oferecendo uma nova forma de entender e
explicar os fenômenos. Foi o que aconteceu quando o modelo heliocêntrico,
proposto por Copérnico e defendido por Galileu, se impôs sobre o geocêntrico,
mostrando que o sol era o centro do sistema solar, e não a Terra.
Mas não pense que as revoluções científicas são fáceis ou rápidas. Na verdade, elas envolvem muita resistência, dor, conflito e debate entre os cientistas. Afinal, mudar de paradigma significa abandonar tudo o que se acreditava antes, e aceitar uma nova forma de ver o mundo. Muitas vezes, isso implica também em mudanças sociais, políticas e culturais. Por isso, Kuhn dizia que os paradigmas são incomensuráveis, ou seja, eles não podem ser comparados ou medidos por um critério comum. Cada um tem sua própria lógica e seus próprios valores.
Um outro exemplos de revolução científica mencionados por Kuhn é a que ocorreu em razão da teoria atômica de Dalton. Até a proposição da teoria atômica daltoniana, no início do século XIX, não havia clara distinção entre o que atualmente chamamos de substâncias compostas (por exemplo, água ou açúcar) e de soluções (por exemplo, água com açúcar nela dissolvido).
A teoria de Dalton causou uma mudança de paradigma tão
relevante que os químicos revisaram muitos dos elementos anteriormente
estudados, reclassificando vários deles.
Um exemplo mais recente de revolução científica foi o
surgimento da física moderna no final do século XIX e início do século XX.
Nessa época, vários cientistas como Einstein, Planck, Bohr e outros
desenvolveram novas teorias sobre a natureza da matéria, da energia, do espaço
e do tempo. Essas teorias entraram em conflito com a física clássica de Newton,
que era o paradigma dominante até então. A física moderna revelou aspectos
surpreendentes e paradoxais do universo, como a relatividade, a mecânica
quântica e a teoria da gravitação.
Bom, pessoal, espero que vocês tenham gostado esse assunto nos
mostra como a ciência é dinâmica e criativa, e não apenas uma coleção de fatos
prontos e imutáveis. A ciência está sempre em busca de novas respostas para as
perguntas que fazemos, então não aceitem tudo que jogam na cara de vocês sem questionar.
Bom e vocês, o que acham? gostaram ? Vocês conhecem algum outro exemplo
de paradigma ou de revolução científica? Deixem seus comentários abaixo! Até a
próxima!
#italoabs @prof.italoabs
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